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Grammy, Daft Punk, Música, Igreja...? Insistindo em um bom hábito!

Eu sei, eu sei, eu sei... Eu escrevo de tempos em tempos. Antes de entrar no assunto que motivou o tema do post, preciso fazer uma retrospectiva.

Muita coisa aconteceu depois da última postagem... Eu estava com planos para 2013 (isso mesmo, não escrevi errado). Queria começar finalmente alguns projetos pequenos de pré produção musical. Posso até dizer que até o meio do ano consegui colocar o plano em prática: bebi de preciosas fontes de conhecimento na área de produção musical como por exemplo o clássico livro do saudoso Solon do Valle - Manual Prático de Acústica, os fabulosos livros do Fábio Henriques - Guia de Mixagem I, II e III, além de ter estudado bastante material da internet gringa, e finalmente ter assinado a SOS americana. Pode não parecer muita coisa, mas é...  Posso dizer que consegui refinar um pouco meu ouvido para produção musical, perceber detalhes que antes não escutava, e até agregar certo conhecimento técnico e organizacional. Cheguei a fazer algumas gravações experimentais utilizado as plataformas do IPAD + Audiobus + Apogee ONE, o que se revelou estável para a gravação de demos. Consegui uma plataforma Apple para trabalhar, melhorei a monitoração, etc.. Enfim fiz alguns progressos. Infelizmente algo aconteceu que mudou tudo...

No dia 12 de Setembro de 2013 eu perdi minha amiga, conselheira, ajudadora, professora, educadora, amiga, minha mãe. Realmente não estou pronto para falar sobre isso: esse fato despertou sensações que eu nunca tinha experimentado e ainda estou passando por essa experiência e aprendendo. Estou bem, mas isso sacudiu muita coisa em relação a diversos segmentos da minha vida. Em Cristo tenho encarado e vencido nessas mudanças. Tem muita coisa boa vindo por aí.

Pois bem, mesmo tendo parado de estudar do meio de 2013 pra cá, minha mente não parou de funcionar. Não peguei em guitarra, nem teclado, nem em DAWs, durante esse período. Digamos que fui aprimorando esse um de pouco conhecimento que tive contato e ao iniciar o ano coloquei o equipamento pra fora das gavetas! Estou testando algumas coisas e com certeza logo logo postarei alguma coisa sobre isso.

Estava no trabalho mexendo no ipad e entrei no App do Blogger e comecei a ler as postagens. Fiquei espantado de como é bom escrever e ler depois de algum tempo o que se escreveu: me edificou muito. Como eu já falei em alguma postagem, eu sempre tenho alguma coisa para escrever, a preguiça é grande, mas o hábito é tão bom que não posso deixar de fazer isso! Quem sabe um dia eu não escrevo um livro?!

Vamos falar de música! Como um grande admirador de boa música, eterno estudante desta arte, e candidato a profissional de produção musical, tenho o costume de saber o que tá rolando de bom na música ao redor do mundo. O mundo é muito grande, e seria impossível saber de tudo, mesmo com a internet. Uma ferramenta boa para ficar por dentro são revistas especializadas como a SOS (que tem edições nacionais e americanas mensais), e o Grammy. Para os leigos, o Grammy pode parecer nada mais do que mais um evento de mídia. Sabe, eu também já pensei assim, mas essa não é a total realidade da coisa. Estamos falando de um segmento profissional. O mercado musical movimenta toneladas de dinheiro e gera emprego, e o grammy vem para mostrar, na maioria das vezes, o reconhecimento de muitos profissionais que atuam nessa área. Por exemplo, quando um disco é premiado no grammy como melhor album, existem vários critérios RÍGIDOS a serem avaliados. Tive acesso aos "requirements" para apresentar uma música, por exemplo, para a banca avaliadora, e existem uma série de quesitos que só os mais experientes técnicos e engenheiros de gravação conseguem organizar. Existe premiação para engenheiro de som, produtor musical, melhor arranjo, etc.. Isso é apenas uma justificativa para entendermos que realmente existe um critério além da popularidade (claro que tem muito disso), que faz valer a pena vermos que tipo de tecnologia está sendo utilizada por essa galera que tá sendo bem avaliada. Na realidade é isso... Vamos comparar: imagine um dentista. Se esse dentista não comparecer em seminários para se atualizar, vai passar a vida exercendo sua profissão privado de ferramentas que facilitariam ou melhorariam o resultado de seu trabalho. É necessária uma fonte de renovação para aprimorar o trabalho. Em música isso é muito difícil por se tratar de uma arte, mas mesmo assim, equipamentos e técnicas novas estão por ai todos os dias e podem nos ajudar a desenvolvermos coisas novas e diferenciadas.

Eu como Cristão procuro olhar sempre o resultado das premiações Gospel, sempre procuro saber que ganhou, quem concorreu e assim vou aumentando meu repertório de musicas legais e de conhecimento musical. Desde já deixo a dica da vencedora desse ano MANDISA, com o álbum Overcomer. Foi o melhor álbum gospel contemporâneo do ano, segundo a banca.




Infelizmente o Israel Houghton teve grande participação nesse ano, mas  daqui a pouco ele volta!! Também sempre vejo os produtores indicados e vencedores, além de engenheiros de som e arranjos. Considero isso como objeto de estudo e informação e que me acrescenta muito. Quero destacar o grande vencedor da noite do Grammy, a dupla  Daft Punk, que sempre fez um trabalho muito bom, se destacando com música muito boa, visual sempre legal (ainda mais pra quem é da minha geração), e um álbum que segundo a SOS vale 1 milhão de dólares. Bom... Será que para um disco ser reconhecido ele tem que ter um investimento muito alto? Eu ouvi o disco e achei fenomenal, de extremo bom gosto, e tecnicamente beirando a perfeição, com boa produção, Nathan East tocando Contrabaixo, qualidade maravilhosa. Recomendo assistir a performance ao vivo do Grammy onde Stevie Wonder se apresentou com o Daft Punk.



Em contrapartida, li a pouco tempo atrás um editorial do Paul White dizendo que discos consagrados não são feitos por tecnologia nova, mas por musicalidade ou o que ele chamou de "musical brain" (cérebro musical, em tradução livre). Acho que o ideal é pensar que uma coisa sempre vai complementar a outra. Pensa num castelo de lego... A criatividade vai fazer você construir um castelo lindo, mas quanto mais peças, mais complexa pode ser a forma de você expressar sua criatividade.

O que isso tudo tem haver com igreja? Eu trabalho na igreja, e com música... Amo fazer isso, e a bíblia diz que tudo que fazemos deve ser feito para o Senhor (Cl. 3:23), ou seja, tem que ser nosso melhor. Deus gosta de usar as nossas vidas através das ferramentas, bençãos, posses, que na verdade Ele mesmo nos concedeu. Isso inclui o conhecimento e estudo. Na realidade Ele não precisaria de nós pra fazer nada, mas Ele nos usa como quer, capacitando antes de chamar, chamando e capacitando, como Ele quer. Precisamos nos aperfeiçoar naquilo que fazemos, ler, buscar, estudar, perceber que Deus tem nos dado muitos meios pra isso. Devemos ter cuidado, sempre... Não podemos nos embaraçar com as coisas dessa vida (2 Tm. 2:4), nem nos deixarmos levar pelos meios e esquecermos a finalidade do nosso trabalho. Muitos se perdem do caminho de Deus por causa disso. Por isso é bom estarmos firmes no Senhor para aproveitar toda essa informação que está disponível para nós, retendo o que é bom para executarmos a obra de Deus quando e como Ele quiser.

Eu entendo que nós como crentes em Cristo Jesus temos uma tendência a sermos muito passivos e acomodados. Deus nos deu espírito de ousadia, de fortaleza, não de covardia (2 Tm. 1:7). O mundo cresce em maldade, egoísmo, falta de amor, e nós Cristãos temos que agir. Dentro do que fazemos temos que usar desse espírito de fortaleza e ir em frente, melhorando, crescendo, e fazendo resplandecer  a glória de Deus através do que fazemos.

Muito som, conhecimento, muita unção de Deus.

Paz!
















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