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Tira o peso Bro... Tira o peso...

Hello! Mais uma vez aqui... não sei o motivo, mas acho que esse negocio vai engrenar!

Essa semana teve muita coisa legal, outras não muito legais: me convidaram pra reviver um momento  muito especial na minha vida, a época do tênis de mesa. Achei um pessoal da Ilha que joga e acabaram por me convidar a ir a um treino na Associação Nikkei no RJ. É um clube tradicional de cultura Japonesa, e achei o máximo. Pude rever meu antigo instrutor Edson Takemura e bater uma bolinha por lá. Não tenho a pretensão de voltar a treinar, mas foi bom restabelecer alguns contatos pra de vez em quando se mexer mais um pouco.

Outra coisa bem legal que a gente tem feito aqui em casa (tanto eu quanto a Nathália) é aprender um pouco de francês. Por que francês? Não faço ideia! Mas acho sadio aprender uma língua nova pra manter a mente ativa. Minha mãe sempre falava de como ela achava o francês um idioma bonito, de repente, isso ficou subconscientemente  na minha cabeça. Por isso hoje eu acordei com uma música do Stromae na cabeça, que coisa né?

Se você que porventura está acidentalmente lendo essa postagem não conhece Stromae, pode procurar e curtir muito: é incrível.

Desde o inicio da semana queria escrever sobre peso, mas não ia começar desse jeito: ontem fomos dormir com a triste notícia de que uma pessoa próxima a nós cometeu suicídio. Eu não conhecia essa pessoa, mas estava perto de nós. Acho que tem tudo a ver com o que eu estava pretendendo escrever falando sobre peso.

O que leva uma pessoa a cometer isso? Muitos respondem a essa pergunta por diferentes prismas, e não vou aborda-los. Será que um dia escrevo um livro? Não sobre isso, mas as vezes sinto que conseguiria ir aprofundando em determinados assuntos (agradecimentos ao primeiro período da faculdade que me ensinou o método cientifico, e a todas as minhas professoras de português). Não quero falar das teorias sobre suicídio, são muitas, mas creio que todas elas tem em comum o fato da pessoa que faz isso não estar suportando viver. Quem suporta, sente o peso.

Essa reflexão foi gerada no meu coração no Voleibol do inicio da semana. O vôlei é um esporte interessante. Faz muito tempo eu li que era uma das excessões dentre os esportes coletivos, praticados por pessoas que normalmente são fechadas, ou que prefeririam praticar esportes individuais. Não entendo o porquê disso, mas ok. Concordo.

Não tenho muito aprofundamento com minhas amizades no vôlei, poucos conhecem de forma rasa alguma coisa da minha rotina e só. A gente costuma jogar quartetos e duplas, e, como eu não sou (mesmo) uma pessoa competitiva, minha postura é sempre pacifica e passiva. Jogo o pouco que sei em qualquer posição. Já vamos chegar no peso.

Nesse tipo de esporte a gente consegue perceber claramente as lideranças dentro do jogo, e as influencias, é lógico. Tem sempre alguém que fala mais, que cobra mais, ou que reclama mais. Normal do esporte: times querem vencer, inclusive as pessoas que são o mínimo competitivas como eu, que jogam por pontos, e não por partidas. Ai entra o peso. O que seria mais fácil, jogar com alguém que te incentiva, ou jogar com alguém que te cobra? A situação não é tão simples quanto essa pergunta, além disso, somos diferentes e cada um tem uma reação a determinado tipo de cobrança. No entanto essa subjetividade não tira o interesse da reflexão, afinal, existem respostas que são bem comuns independentemente da pessoa.

Levamos a discussão do jogo pra vida e traçamos algumas comparações, é claro.

Estar perto de pessoas que tiram o peso das situações é na maioria das vezes bom. É como estou jogando vôlei com algum tipo "figurão" que faz comentários engraçados das jogadas (inclusive aquelas em que perdemos o ponto). O ambiente fica nitidamente distraído e as pessoas normalmente  jogam mais leves. É o que acontece na maioria das vezes. É uma forma ƒácil de tirar o peso das situações de estresse onde há uma pressão implícita ou explicita por parte da situação, visto um jogo, ou qualquer trabalho de equipe. Pessoas que tem liderança forte e agem dessa forma conseguem resultados ótimos, apesar de não incentivarem diretamente, mas a leveza e a descontração revelam um estado de frieza e descompromisso de "ganhar" que deixa as pessoas relaxadas a extrair o máximo de suas habilidades. Elas não ficam duras, mas soltas.

Isso não está saindo da minha cabeça, embora seja uma constatação. Faz um tempo que li um livro do Daniel Goleman falando sobre concentração, e entendi o mínimo sobre o processo de estimulo baixo e alto do cérebro. O que treinamos pra fazer está embaixo, guardado, o estresse da situação está em cima. O que está embaixo não está em primeiro plano de de raciocínio,  o que está em cima é fruto de toda a nossa atenção. Resumindo, perdemos o ótimo conteúdo que está em baixo, por que não conseguimos manter o foco em razão do estresse da situação.

Eu entendo que sentimos isso numa situação onde somos exigidos, sendo um jogo recreacional, um campeonato esportivo, ou nas horas em que precisamos tomar decisão em nossos desafios diários.

Existe também a figura do incentivador: uma pessoa com capacidade de influenciar que motiva a equipe para alcançar um resultado. Ok. Essa figura praticamente não existe, pelo menos em algumas situações. Muito difícil alguém incentivar sem comprometer seus estado emocional em determinadas situações. Chega uma hora que o incentivo vira cobrança. Precisamos saber onde parar se quiser mos desenvolver esse perfil. O fato é que incentivar é difícil em alguns momentos, mas é possível e tira o peso se for usado na medida certa.

Pra fechar nosso panorama, existe a figura da pessoa que não entende o que é esse peso. Suas atitudes são sempre as piores possíveis. Não existe incentivo e muito menos irreverência e descontração. Eu entendo que as atitudes desse perfil são frutos de um egoísmo profundo, daqueles que a gente só vê em determinadas situações onde a pessoa quer alcançar sua própria satisfação e por isso tenta da forma que dá incentivar negativamente: surge a cobrança nua e crua. A bíblia me ensinou que a boca fala do que cheio está o coração. Imagine alguém que quer vencer. Ok. Ela está no barco com mais pessoas e acha que nem todas as outras pessoas querem vencer como ela. O que esse individuo faz? Transborda suas insatisfações por estar nesse barco que não alcançará a satisfação pessoal dele. Creio que seja o tipo mais comum em equipes não selecionadas, juntos com os passiveis de influencia.

Concluindo, precisamos compreender que como seres sociais, precisamos, querendo ou não, aprender a trabalhar em equipe. Seja no casamento, nas reuniões sociais, em família, em esportes, em igrejas, empresas, e em qualquer lugar onde estamos sendo humanos junto com outros humanos. Somos diferentes: tem hora que o o incentivo vai bem, tira o peso. tem hora que a descontração muda o ambiente, tira o peso. Agora não podemos nos dar o luxo de fazer nossa gana de vencer em troca do mau estar dos nossos companheiros de caminhada. Uma equipe eficiente é uma equipe feliz, leve, onde o peso está agradável de carregar. Feche os olhos e imagine-se com mais 3 pessoas carregando um grande piano por dois quarteirões: o que você acha que vai fazer esse trabalho ser realizado da melhor forma? Alguém dizendo:

- Hey! Vamos conseguir! Só falta mais um pouco! (falou o incentivador em tom otimista);

ou:

- Ahahaha, é pra isso que a gente faz academia! Essa semana não preciso mais fazer exercício (falou o seu amigo descontraído rindo a bessa enquanto deixa o piano escorregar um pouco);

ou:

- Brincadeira... Podia ter mais gente aqui fazendo isso. Acho que vim com o tênis errado (disse o seu amigo reclamão que ao abrir a boca as nuvens pretas se aproximam de sua cabeça, que nem o Dorian quando coloca a Maskara do Stanley Ipkiss).


Não sejamos as pessoas que colocam pesos além daqueles que as circunstancias já impõe. A vida não é fácil, os desafio são muitos. Com um pouco de domínio próprio a gente consegue aliviar o estresse. As vezes uma breve respiração depois do impulso serve pra conter palavras que saíram como halteres em cima da situações. A gente precisa resolver os problemas e não piorar eles. Nossa mente trabalha melhor assim e nossos resultados serão melhores na maioria das vezes.


Tira o peso Bro! =)









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