Dando continuidade ao plano inicial, vou começar a colocar as minhas impressões sobre os livros que leio, ou que consulto.
Antes de propriamente começar a fazer isso, sinto-me na obrigação de introduzir os motivos do meu hábito de leitura, que imagino, qualquer um que lê isso agora, poderia dizer que é um ótimo hábito que tenho.
Não é verdade. Meu hábito de leitura é muito ruim. Sou preguiçoso e as vezes me desafiar a terminar um livro que comecei é um castigo amargo (principalmente se o livro não é bom).
Tudo começou na aula de português, quando eu tinha por volta dos 9 ou 10 anos, na terceira série. Na minha cabeça imatura eu achava o máximo eu ir tão bem quando a professora pedia pra ler alguma coisa em voz alta. Aliado a isso, minha mãe era uma pessoa muito estudiosa, e tinha a leitura como hábito.
Acho que o o fato de ser Cristão e ter sido criado dentro do conceito moral estabelecido por Deus através da bíblia me ajudou no processo de alfabetização: eu sempre tive algo pra ler. Mesmo pra quem não crê no Evangelho, deve admitir, isso é muito legal!
Fui crescendo e mesmo dizendo que "gostava de ler" nunca fui um leitor ávido. Além de ter ganho minha primeira bíblia, lembro que ganhei o livro "O mundo de Sofia", de Jostein Garder, de presente da minha mãe. Um desafio pra quem ainda está começando sua vida de leitura. Eu curtia muito mais o status de ser um jovem que gosta de ler, do que de ler de verdade (what a jerk!).
Seguindo, cresci me enchendo de livros que tinha dificuldades de terminar de ler. Pegava a informação que queria e dispensava o resto. Essa foi minha definição de leitor, muito parecida com aquela que a internet gerou através dos mecanismos de busca.
Mesmo assim sempre fui bem influenciado pelos incentivos de leitura: na escola nos davam livros pra ler, tínhamos biblioteca no bairro próximo, trabalhos com base em livros, etc., mesmo não lendo de fato sempre respeitei o valor da informação e do conhecimento. Só não tinha tanto comprometimento com o hábito. Lembro que li "Os Sertões" do Euclides da Cunha pra uma prova... em uma manhã. Isso mesmo. Li mais de 600 páginas em cerca de 5 horas. Obviamente, até hoje não me lembro sobre o que o livro trata. Li apenas por que tinha que ler.
O tempo foi passando e foi chegando a faculdade. Sempre diziam que na faculdade de direito temos que ler muito. Realmente! Mas a surpresa é que na faculdade de direito lemos consultivamente, algo eu sempre tive como prática! Me dei bem na faculdade de direito, claro, repeti algumas matérias por incompetência e faltas, mas do ponto de vista de ler e entender a "matéria direito", considero que fui bem sucedido! Na verdade acho que minha capacidade de compreensão foi expandida naqueles anos: conseguia ler pouco e entender bastante. Mas isso não é suficiente pra sustentar o bom hábito da leitura. Ler um livro é compreender não só aquilo que se quer compreender, mas saber interpretar do ponto de vista global da obra, até mesmo perceber a atitude intima do escritor. É muito legal quando conseguimos fazer isso!
De qualquer modo, continuei crescendo, rodeado de livros, e ainda mais após a morte da minha mãe, quando herdei uma considerável coleção de livros, de Filosofia a comentários bíblicos, livros históricos, Antropologia, Sociologia, Dicionários.
Sobre minha mãe, minha grande influenciadora: desde criança tínhamos o hábito de ler o dicionário juntos, descobrindo o significado das palavras. Quando eu era pré-adolescente ela frequentava o Seminário Teológico Betel, onde se formou bacharel em teologia. Eu ia pra aulas com ela e quando não assistia aulas de filosofia ou análise de novo ou antigo testamento, eu estava na biblioteca. É engraçado lembrar disso agora. São coisas que me vem a mente nesse momento onde estou visitando os meus motivos passados para situações futuras. Lembro que minha mãe comprou uma bíblia chamada "Maná". Ela era um plano anual, uma bíblia divida pelas dias dos anos: um texto do Antigo Testamento, um texto do Novo testamento, um Salmo e um Provérbio. Vou falar mais dela daqui a pouco. Um ultimo fato interessante sobre a minha mãe, ela nunca me obrigou a ler nada, mas eu sentia que quando havia um livro que ela gostaria que eu lesse, ela deixava ele na mesa, pra me despertar a vontade.
Nesse ponto da vida, eu já estava mais comprometido, no meio da faculdade, e lendo mais rápido, retendo muita informação. Minha mãe era uma mulher sábia. Espero ser pros meus futuros filhos a influencia que ela foi pra mim.
No ano passado, despertei novamente pra leitura, de uma forma diferente. Percebi que tinha várias pérolas literárias, compradas, herdadas, coisas que com certeza iriam acrescentar a nossa família. E esse ano estamos lendo bastante em casa. Ainda sou preguiçoso além de alguns livros serem desafiadores de terminar, mas já estou indo pro 4o livro do ano!
Não espero fazer aqui resenhas elaboradas, nem resumos, mas colocar apenas as minhas impressões. Sou melhor de entender do que de decorar: não teria cabeça pra fazer um resumo. Ou seja, esse espaço vai servir pra rever aquilo que apreendi sobre o conteúdo do livro, e certamente servirá de influencia pra quem está interessado em começar uma leitura, ou tem curiosidade sobre o assunto do livro.
Hoje lemos na nossa casa a bíblia maná, aquela que ganhei de presente faz alguns anos, todo dia. Descobrimos coisas novas, retiramos um bom devocional, e enriquecemos um pouquinho mais nossa vida espiritual. Temos livros técnicos, livros que obviamente são só consultivos (A história dos Hebreus é um exemplo disso - ler uma obra dessa completa é um desafio imenso), enfim... Conteúdo pra compartilhar. Espero que até amanhã já poste as impressões do primeiro livro que li esse ano.
Um Abraço!
Hb
Antes de propriamente começar a fazer isso, sinto-me na obrigação de introduzir os motivos do meu hábito de leitura, que imagino, qualquer um que lê isso agora, poderia dizer que é um ótimo hábito que tenho.
Não é verdade. Meu hábito de leitura é muito ruim. Sou preguiçoso e as vezes me desafiar a terminar um livro que comecei é um castigo amargo (principalmente se o livro não é bom).
Tudo começou na aula de português, quando eu tinha por volta dos 9 ou 10 anos, na terceira série. Na minha cabeça imatura eu achava o máximo eu ir tão bem quando a professora pedia pra ler alguma coisa em voz alta. Aliado a isso, minha mãe era uma pessoa muito estudiosa, e tinha a leitura como hábito.
Acho que o o fato de ser Cristão e ter sido criado dentro do conceito moral estabelecido por Deus através da bíblia me ajudou no processo de alfabetização: eu sempre tive algo pra ler. Mesmo pra quem não crê no Evangelho, deve admitir, isso é muito legal!
Fui crescendo e mesmo dizendo que "gostava de ler" nunca fui um leitor ávido. Além de ter ganho minha primeira bíblia, lembro que ganhei o livro "O mundo de Sofia", de Jostein Garder, de presente da minha mãe. Um desafio pra quem ainda está começando sua vida de leitura. Eu curtia muito mais o status de ser um jovem que gosta de ler, do que de ler de verdade (what a jerk!).
Seguindo, cresci me enchendo de livros que tinha dificuldades de terminar de ler. Pegava a informação que queria e dispensava o resto. Essa foi minha definição de leitor, muito parecida com aquela que a internet gerou através dos mecanismos de busca.
Mesmo assim sempre fui bem influenciado pelos incentivos de leitura: na escola nos davam livros pra ler, tínhamos biblioteca no bairro próximo, trabalhos com base em livros, etc., mesmo não lendo de fato sempre respeitei o valor da informação e do conhecimento. Só não tinha tanto comprometimento com o hábito. Lembro que li "Os Sertões" do Euclides da Cunha pra uma prova... em uma manhã. Isso mesmo. Li mais de 600 páginas em cerca de 5 horas. Obviamente, até hoje não me lembro sobre o que o livro trata. Li apenas por que tinha que ler.
O tempo foi passando e foi chegando a faculdade. Sempre diziam que na faculdade de direito temos que ler muito. Realmente! Mas a surpresa é que na faculdade de direito lemos consultivamente, algo eu sempre tive como prática! Me dei bem na faculdade de direito, claro, repeti algumas matérias por incompetência e faltas, mas do ponto de vista de ler e entender a "matéria direito", considero que fui bem sucedido! Na verdade acho que minha capacidade de compreensão foi expandida naqueles anos: conseguia ler pouco e entender bastante. Mas isso não é suficiente pra sustentar o bom hábito da leitura. Ler um livro é compreender não só aquilo que se quer compreender, mas saber interpretar do ponto de vista global da obra, até mesmo perceber a atitude intima do escritor. É muito legal quando conseguimos fazer isso!
De qualquer modo, continuei crescendo, rodeado de livros, e ainda mais após a morte da minha mãe, quando herdei uma considerável coleção de livros, de Filosofia a comentários bíblicos, livros históricos, Antropologia, Sociologia, Dicionários.
Sobre minha mãe, minha grande influenciadora: desde criança tínhamos o hábito de ler o dicionário juntos, descobrindo o significado das palavras. Quando eu era pré-adolescente ela frequentava o Seminário Teológico Betel, onde se formou bacharel em teologia. Eu ia pra aulas com ela e quando não assistia aulas de filosofia ou análise de novo ou antigo testamento, eu estava na biblioteca. É engraçado lembrar disso agora. São coisas que me vem a mente nesse momento onde estou visitando os meus motivos passados para situações futuras. Lembro que minha mãe comprou uma bíblia chamada "Maná". Ela era um plano anual, uma bíblia divida pelas dias dos anos: um texto do Antigo Testamento, um texto do Novo testamento, um Salmo e um Provérbio. Vou falar mais dela daqui a pouco. Um ultimo fato interessante sobre a minha mãe, ela nunca me obrigou a ler nada, mas eu sentia que quando havia um livro que ela gostaria que eu lesse, ela deixava ele na mesa, pra me despertar a vontade.
Nesse ponto da vida, eu já estava mais comprometido, no meio da faculdade, e lendo mais rápido, retendo muita informação. Minha mãe era uma mulher sábia. Espero ser pros meus futuros filhos a influencia que ela foi pra mim.
No ano passado, despertei novamente pra leitura, de uma forma diferente. Percebi que tinha várias pérolas literárias, compradas, herdadas, coisas que com certeza iriam acrescentar a nossa família. E esse ano estamos lendo bastante em casa. Ainda sou preguiçoso além de alguns livros serem desafiadores de terminar, mas já estou indo pro 4o livro do ano!
Não espero fazer aqui resenhas elaboradas, nem resumos, mas colocar apenas as minhas impressões. Sou melhor de entender do que de decorar: não teria cabeça pra fazer um resumo. Ou seja, esse espaço vai servir pra rever aquilo que apreendi sobre o conteúdo do livro, e certamente servirá de influencia pra quem está interessado em começar uma leitura, ou tem curiosidade sobre o assunto do livro.
Hoje lemos na nossa casa a bíblia maná, aquela que ganhei de presente faz alguns anos, todo dia. Descobrimos coisas novas, retiramos um bom devocional, e enriquecemos um pouquinho mais nossa vida espiritual. Temos livros técnicos, livros que obviamente são só consultivos (A história dos Hebreus é um exemplo disso - ler uma obra dessa completa é um desafio imenso), enfim... Conteúdo pra compartilhar. Espero que até amanhã já poste as impressões do primeiro livro que li esse ano.
Um Abraço!
Hb
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